A resposta do amor diante do ódio é singular. O amor não questiona a respeito do bem o ou do mal que o outro lhe faz.
Todo o bem que o amor dedica ao ser amado é como nada, diante do imenso desejo de amar mais ainda.
Amar é procurar a felicidade do outro, e nela ser aperfeiçoado. O amor traz consigo o nascer de um novo dia que brilha em manhã magnífica, libertando o ser humano do mal e capacitando-o a fazer o bem.
O amor pode ser tratado com ira e desapontamento, pode ser desafiado, ferido e acusado. Pode-se até duvidar de sua existência com todas as forças do ser. Mesmo assim, ele ainda estará lá, inabalável, de braços abertos ao menor sinal de trégua.
Sozinho, o amor não planta a justiça, nem pode garantir felicidade permanente, ou a ausência de raiva, desentendimentos, agonias e dúvidas.
O amor não erradica conflitos ou elimina a dor, nem ainda promete permanecer imutável. Entretanto, o amor pode alterar conceitos, fazendo cada atitude sem sentido encontrar o correto lugar no quebra-cabeça da vida.
Nenhuma outra força pode encher a noite de luz, curar os medos que nunca temos coragem de confessar, acalmar as dores, dissipar as sombras da desconfiança, como o amor. Viver sem amar e sem ser amado é uma das coisas que o ser humano não pode suportar. Sem amor ninguém sobrevive.
Quem não se deixa tocar pelo amor, ou toca aos outros com ele, permanecerá inalterado, estático, frio e fechado.
Essa ideia no entanto, é ainda mais profunda. Amar e ser amado não é suficiente. As paredes dessa separação precisam ser destruídas. O amor nasceu para ser expressado, sentido, compartilhado e vivido. Um amor sem obras e sinais vitais de participativa comunhão está morrendo.
O caminho do amor não termina no orgasmo sexual. Ele dá meia-volta e continua sua jornada em meio à rotina do dia-a-dia, caminhando de mãos dadas com a responsabilidade e a fidelidade.
Muitas vezes, esse caminho conduz o casal para bem longe dos momentos de paixão e desejos pessoais. A peregrinação do amor não somente leva os amantes ao êxtase, mas também ao sofrimento e à renúncia; todavia nem por isso esse caminho é menos feliz.
"Sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos; aquele que não ama permanece na morte." 1 João 3.14
Pr. Silmar Coelho
Casado com Janice Coelho, é pai de Tiago, Filipe, Lucas e Cristine. Doutor em liderança pela Universidade Oral Roberts, Tulsa/ USA. Escreveu vários Best-Sellers. É escritor premiado, músico, compositor e pastor há mais de 39 anos.
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