terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

(MUSEU DA GUERRA - IMPERIAL WAR MUSEUM)

"Nossa batalha não é contra carne ou sangue, mas contra as potestades desse mundo tenebroso" (Efésios 6.12)
Extremamente enriquecedor e pertinente ao contexto espiritual visitar o Museu da Guerra em Londres. Um dos maiores acervos do mundo, dedicados a arquivos de guerra, alude quem visita o local, uma mistura de sentimentos, pois, a tecnologia bélica já naquela época era espantosa. No tocante a 2a guerra mundial, o fato corroborou para que mais 70 milhões de pessoas morressem.
O mundo entrou em colapso e vidas inocentes foram ceifadas, resultante dos imensuráveis esforços econômicos, industrial e científico das principais potências mundiais.
A historia elucidada naquele lugar, remete pensar que o mundo se uniu para destruir, mas pouquíssimos se unem para amar.
Ali é possível ver bombas engenhosas de destruição em massa. Aviões de guerra, submarinos, objetos pessoais, documentos, vídeos explanando o contexto histórico, “cenários” que ilustram o cotidiano da época das guerras pelas quais o Império Britânico passou, com destaque para os grandes conflitos do século XX (1ª e 2ª Guerras Mundiais e Guerra Fria).
Acompanhe a exposição da guerra global mais sangrenta da história >>
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências, organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo.
Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares.
Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes.
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e da Commonwealth.
Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.
Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos Estados Unidos, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos (1945-1991). Nesse ínterim, a aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica e integração política.
Para quem aprecia a história mundial, a visita a esse complexo é extremamente relevante!
*Serviço: * Fundação: 1917
Entrada gratuita
Endereço: Lambeth Rd, London SE1 6HZ
Aberto diariamente de 10 às 18 horas. 
Contato: 020 7416 5000














quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Smith Wigglesworth

Smith Wigglesworth foi uma importante figura religiosa britânica, do fim do Século XIX, importante para a história do início do pentecostalismo.

Nasceu em 1859, no dia  8 de junho de 1859  em uma família pobre. Sua esposa, Polly, o ensinou a ler depois de casados em 1882, e ele nunca leu outro livro senão a Bíblia. Assim como no caso de outras pessoas que experimentaram milagres de cura, uma cura pessoal (peritonites) voltou a sua atenção à cura divina. Até que recebeu o batismo com o Espírito Santo, em 1907, ele tinha um negócio secular e ajudava sua esposa em uma missão. Ela era uma pregadora, e estava constantemente dando testemunho a outras pessoas, ganhando almas para o reino.

Anos depois, se tornou um homem de tal magnitude, que o evangelista de cura Oral Roberts, disse uma vez diante de outros companheiros evangelistas, "devemos a este homem uma dívida impossível de calcular."

Durante seus cultos, Polly Wigglesworth pedia seu esposo para pregar, mas ele se desconcertava e desconcertava também aos que assistiam por seu medo de falar. Uma vez, os homens da congregação sentiram de impor as mãos sobre ele e orar. Apesar de seus melhores esforços e dos esforços que outros faziam, continuou sendo um fracassado orador. Finalmente, declarou que nunca falaria em público outra vez.

Entretanto, quando recebeu o batismo no Espírito Santo, sua vida foi transformada. Naquela época, sua esposa não cria no falar em línguas, e ela o desafiou a pregar no domingo seguinte, conhecendo a sua falta de habilidade linguística. A unção caiu e ele falou com grande clareza e coragem. Polly estava tão surpreendida, que repetia gritando: "Esse não é o meu Smith… O que aconteceu com esse homem?" Rapidamente um simples trabalhador sem instrução foi transformado em um pregador de fé impressionante.

Wigglesworth entendia que a enfermidade e as doenças eram do diabo, de modo que foi conhecido pela maneira com que tratava as pessoas enfermas, em demonstrações físicas surpreendentes e emocionantes.

O evangelista Lester Sumrall lembra a primeira vez que foi testemunha de Smith Wigglesworth em ação. "Certa vez (Wigglesworth) conduzia um culto de cura na Califórnia, quando lhe trouxeram um homem com câncer, em estado terminal. Ele estava tão perto da morte que o médico que o ajudava foi com ele para monitorar seus sinais vitais. Wigglesworth, com sua natureza rude, disse ao médico: "Que está acontecendo?" O doutor lhe respondeu: "Ele está morrendo de câncer." Sem dar tempo de nada, Smith bateu no estômago do homem com tal força que ele desmaiou. O médico rapidamente o atendeu e gritou: "Ele está morto! Você o matou! A família exigirá explicações!" Smith Wigglesworth não se moveu. Ele simplesmente respondeu: "Ele está curado." E sem preocupar-se, seguiu orando por outras pessoas no culto. Dez minutos mais tarde, o homem – com sua roupa de hospital – chegou pelo corredor, procurando a Wigglesworth, totalmente curado. Isto não impressionou nem um pouco a Smith Wigglesworth, pois era o que ele esperava. E continuou orando pelos outros que necessitavam."

Em outra ocasião, no Colégio Sião, uma mulher paralítica, frágil, chegou para que orassem por ela. Smith Wigglesworth orou quase com impaciência. Como era habitual, imediatamente, ordenou que caminhasse. Ela, duvidando, começou a olhar ao redor. Sem nenhum tipo de aviso, Wigglesworth foi por detrás dela e a empurrou.

Quando ela, tropeçando, começou a correr, ele a seguia pelo corredor gritando: "Corra, senhora, corra!" Ela correu bastante para sair do alcance dele. Eventualmente, conseguiu alcançar a saída e correu pelas ruas, aparentemente tão assustada quanto curada. Quando o evangelista começou a orar pela próxima pessoa, o homem mudou rapidamente o seu pedido – de uma úlcera no estômago para uma suave dor de cabeça.

Albert Hibbert, o amigo mais próximo de Smith Wigglesworth, cita o evangelista dizendo: "Eu não maltrato as pessoas, eu maltrato o diabo. E se as pessoas se põem no caminho, não posso fazer nada… Não se pode tratar gentilmente com o diabo, nem dar a ele conforto; porque ele gosta muito da comodidade."

Smith Wigglesworth também passou por tempos de sofrimento: perdeu sua amada esposa seis anos depois de sua transformação em um grande homem de fé, com uma unção especial. Em 1913, sua esposa Polly morreu sem nenhuma razão aparente, quando estava a caminho de uma reunião em que ela iria pregar.

Quando voltou a sua casa, Wigglesworth foi ao quarto onde se encontrava, na cama, o corpo de sua esposa morta. Ele repreendeu o espírito de morte, e ordenou à vida, que regressasse.

Polly abriu os seus olhos e disse: "Por que você fez isso, Smith?" Ela não desejava voltar à terra. E depois de uma conversa carinhosa, ele a deixou ir para o céu.

Catorze pessoas foram documentadas como ressuscitadas, voltando à vida de entre os mortos, através do ministério de Wigglesworth. Ainda que, de forma não oficial, esse registro poderia chegar a vinte e três pessoas. Não existia nada tão grande para a sua fé. Desde dores de cabeça a cânceres, era tudo o mesmo para ele. Há algo demasiadamente difícil para Deus?

O ministério desse grande homem de Deus, influenciou a muitos homens e mulheres que tiveram suas vidas transformadas pela palavra da fé, a exemplo de: Kathrin Kulman Ministries, Benny Hinn Ministries, Kenneth Hagin Ministries, Kenneth Copeland Ministries, Bud Wright (Verbo da Vida Ministries).

Sobre o ministério de Smith foi confirmado que 14 pessoas foram levantadas dos mortos. Milhares foram salvos e curados e ele afetou continentes inteiros para Cristo. Smith morreu em 12 de março de 1947 no funeral de seu querido amigo Wilf Richardson. Seu ministério se baseou em quatro princípios: "Primeiro, leia a Palavra de Deus. Em segundo lugar, consuma a Palavra de Deus até que ela consome você. Terceiro acredite na Palavra de Deus.

Fonte: http://www.protestantismo.com.br/biografias

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Equilíbrio Espiritual

Ref: Lucas 5.1-6

Existem pessoas inteligentes,  que quando agregam conhecimento a sua inteligência, sobem para um outro nível; são promovidas.

Sou grato a Deus,  porque viver com Deus é viver uma aventura na fé e Deus ama nos surpreender.

Pedro era acostumado à sua área de preparação. Ele era um pescador e de repente Jesus aparece e o desafia. Os pescadores haviam pregado toda a noite em vão, pois, não pescaram nada. Porém Jesus chega e manda Pedro lançar a rede de novo.

Com esse episódio podemos entender, que experiência é bom, mas confiar demais na experiência, pode nos  impedir de viver o sobrenatural.

Naquele momento, toda capacitação de Pedro era em vão,  pois, aquela circunstância independia dos seus conhecimentos como pescador.

Jesus é o detentor de todo o conhecimento e Ele sabe onde e quando  devemos "lançar as redes".

Lançar as redes onde Jesus orientou era uma questão de equilíbrio espiritual.

Mas o que vem a ser equilíbrio espiritual? É quando entendemos que as conquistas vão além dos nossos esforços e nos entregamos ao mover de Deus.

Pedro compreendeu isso e proferiu a célebre frase que todos nós devemos proferir em dias como aquele, em que não há mais nada que fazer: "E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque sob a Tua palavra, lançarei a rede."
(Lucas 5.5)

Lance a "rede" sob a Palavra de Jesus! Vale a pena obedecer o que Deus diz e estar no centro da Sua vontade, obedecendo a Sua instrução.


Pr. Marcelo Dias
Edição: Renata Santana
Foto: Heliakim

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Faz parte do plano

Alguma vez você já gritou, gritou e ninguém ouviu? Isso faz parte do plano.
Alguma vez se sentiu só? Isso faz parte do plano.
Olhou para o futuro e não viu nada mais que o passado? Isso faz parte do plano. Porque não somos melhores que Ele.
Pois um dia, José e Maria procuravam um lugar para que ela pudesse dar a luz e não havia lugar para que se hospedassem e Deus disse: isso faz parte do plano.
Jesus nasceu, numa estrebaria, cresceu e aos 12, estava no templo ensinando aos mestres da Lei e Deus dizia: isso faz parte do plano.
Aos 30, precisou sair do meio dos seus, porque isso faz parte do plano. 
Escolheu 12 discípulos e um deles o traiu, porque era parte do plano.

Já no Getsêmani sentindo forte agonia, seu suor caiu em gostas de sangue, porque isso faz parte do plano.
Jesus foi preso, traído, negado, julgado e a sentença foi a cruz! Mas isso também faz parte do plano.
Dado momento, na cruz, tamanho era seu martírio, Ele disse: "Pai por que me abandonaste?" E o Senhor diz: isso faz parte do plano.
Porque Deus não prometeu vitória sem guerra. Mas paz em meio a guerra.
Jesus foi crucificado, morto, passaram-se 1, 2, dias e ao terceiro dia Ele ressuscitou, porque isso faz parte do plano.
Ele prometeu após 40 dias, quando ascendeu aos céus, que enviaria o Consolador, porque isso faz parte do plano.
Meu irmão (ã), talvez você esteja sofrendo e não esteja entendendo o que está acontecendo.
Não se desespere, faz parte do plano, o script da sua vida já foi escrito por Deus. Confie nEle, porque o plano de Deus nunca falha e Ele escreveu uma linda história para sua vida. A sua vitória também faz parte do plano!


Pr. Jackson Antonio 
Cathedral International
www.crcm.co.uk

 Edição: Renata G. Santana 
Foto: Juan Minotta

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O legado de Spurgeon "O príncipe dos pregadores"

Resultado de imagem para spurgeonCharles Haddon Spurgeon, comumente referido como C. H. Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892), foi um pregador Batista Reformado, nascido em KelvedonEssex na Inglaterra.

Converteu-se ao cristianismo em 6 de janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. Aos dezesseis, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854, Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.
Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas Escrituras Bíblicas lhe deram o título de O Príncipe dos Pregadores e O Último dos Puritanos.

Histórico

Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de Junho de 1834, como o primogênito de 16 irmãos, de John Spurgeon e sua esposa Eliza Jarvis, em Keveldon, e foi batizado em 3 de agosto desse ano por seu avó, pastor congregacional, James Spurgeon.

Recebeu o nome de ‘Charles’ de um tio de sua mãe. ‘Haddon’, devido a um antigo amigo da familia de Spurgeon que os ajudou em hora de necessidade. Em agosto de 1835, seus pais mudaram para Colchester,e entregaram Charles aos cuidados de seu avó, com quem viveu até os 5 anos. Durante esse tempo, leu muitos livros, entre eles The Piligrems Progress(em português “O Peregrino”) de John Bunyan, obra que marcaria o resto de sua vida. Também leu, da biblioteca de sua avó, muitas obras de Puritanos, como Richard Baxter e John Owen. Aos seis anos, voltou a morar com os pais, já devidamente instalados em Colchester.
James Spurgeon, avó de Charles
Aos 10 anos, um pastor chamado Richar Knill impressionou muito ao jovem Charles ao declarar que “esse menino pregaria o Evangelho a grandes multidões”. Esse fato marcou profundamente a mente da jovem criança. Spurgeon cursou seus estudos em Colchester até 1848, indo depois a Newmarket para estudar numa escola localizada na área de Cambridgeshire.

Conversão
De 1848 a 1850, Charles Spurgeon teve um período de muitas dúvidas e amarguras. Esteve sob grande convicção de pecado. Ficou convicto que não era um cristão de fato, mesmo sendo criado em todo o ambiente religioso de sua família e região, e sobre forte influência puritana e não-conformista. Em janeiro de 1850, tendo como objetivo ir a uma reunião matutina em uma igreja congregacional em Colchester, para buscar paz em sua perturbada alma, se deteve numa capela de metodistas primitivos em Artilley Stree, mais em consequência da forte nevasca que por vontade própria.

Nessa capela, o jovem juntou-se a pequena congregação quando, sem pregador para ministrar a Palavra, um simples membro da igreja subiu ao púlpito, mesmo sem grande habilidade de orador, e repetiu nervosa e constantemente o texto de Isaías 45.22:"Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra." . Depois de certo tempo, apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, tendo Ele como seu Salvador e substituto, e foi salvo.

Primeiros anos
Após a conversão, Spurgeon voltou das férias em Colchester para Newmarket. Foi batizado pelo pastor batista da Igreja de Islehan, W.W.Cantolw, no rio Lark , em 3 de maio de 1850, e foi aceito na congregação batista de Newmarket. Depois, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças.

Em agosto, mudou-se para Cambridge. Trabalhou na escola dominical também. Nesse mesmo ano, pregou seu primeiro sermão em Teversham. Em outubro de 1851, foi convidado a pregar na Igreja Batista de Waterbeach, ao norte de Cambridge. A congregação, cresceu rapidamente. Em Janeiro de 1852, Spurgeon aceitou o pastoreado efetivo dessa Capela. A fama de Spurgeon logo cresceu na região, como um potente pregador.
Spurgeon pensou em cursar um seminário em 1852, mas desistiu da ideia. Em novembro de 1853, Spurgeon falou na União das Escolas Dominicais de Cambridge. George Gould, diácono em Essex, o ouviu, e contou sobre o jovem pregador a Thomas Olney, diácono-chefe da Capela de New Park Street, que o convidou a pregar nessa Igreja em dezembro de 1853. Em 1854, os mebros de New Parlk Street, sem pastor efetivo desde 1853, convidaram de novo o jovem a pregar, e nessa ocasião, convidaram-lhe para ser testado por seis meses para assumir o pastoreado vago da Igreja. Porem, em Abril de 1854, só 2 meses depois, foi eleito pastor e confirmado no cargo, o qual preencheu efetivamente até 1891.
New Park Street, em 1855.

New Park Street
Localizada em uma área metropolitana, a Capela Batista da Rua de New Park, (New Park Street Chapel) em Southwak, outrora fora uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de 232 pessoas.
No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.
Spurgeon logo causou muita agitação em Londres; alguns o criticavam pelo seu estilo de pregação (teatral demais para alguns; ‘caipira’ e vulgar para outros). Spurgeon era posto em dúvida até mesmo por seus colegas batistas. Alguns chegaram a publicar em jornais sobre suas dúvidas da real conversão do jovem Spurgeon. Mesmo com toda a oposição, a antes vazia e reduzida congregação atraiu a atenção de tantos, que em certos periódicos chegou-se a citar que “desde os tempos de George Whitefield e John Wesley, Londres não era tão agitada por um reavivador.” Diversas caricaturas foram publicadas, algumas o elogiando, e outras debochando de sua pregação.

Tabernáculo Metropolitano
Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somado a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Tentou-se ampliar a Capela de New Park Street, em 1858, mas logo viu-se a necessidade de um local ainda maior. Portanto, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano,em Newington, com capacidade para 12 mil ouvintes, e aberto em 25 de março de 1861.

Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.
No começo de seu ministério, Spurgeon, um ardoroso calvinista desde o inicio de sua conversão, teve que se defender da acusação de ser mais pendente ao arminianismo do que os demais batistas particulares ( deve-se notar que um dos predecessores de Spurgeon no pastoreado de New Park Street foi o pastor e teólogo John Gill, que em muitas ocasiões era um ferrenho hipercalvinistas). Em diversas ocasiões Spurgeon pregou sermões que provavam que seus acusadores estavam equivocados.
O Tabernáculo, nos dias atuais.
Com o passar do tempo, Charles Haddon Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como FrançaEscóciaIrlandaPaís de GalesHolanda e Estados Unidos ( foi convidado a pregar em Nova York, mas recusou o convite). Spurgeon pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o The Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.
Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.

Thomas Spurgeon chegou a pastorear o Tabernáculo Metropolitano 2 anos após a morte de seu pai.
Spurgeon pregando por volta de 1858.

Sermões
A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon e seu amigo John Passmore, um editor e membro de New Park Street, começaram, em 1855, a publicar semanalmente sermões impressos vendidos à baixos preços.

Pelos idos de 1850, era uma prática muito comum a publicação e distribuição de sermões escritos, pelos maiores pastores não conformistas tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos.

Spurgeon publicou seu primeiro sermão em Cambridge, num seminário avulso, e em 1855, surgiu a ocasião da publicação semanal. Os sermões pregados por Spurgeon domingo de manhã, eram publicados na quinta-feira seguinte, ( e revisados pelo próprio Spurgeon) e os sermões pregados domingo a noite e quinta-feira a noite eram reservados para futura publicação: isso e mais alguns sermões escritos por Spurgeon quando doente formaram um tal acervo que garantiu a publicação semanal até o ano da morte de Spurgeon, ( até essa data, 2241 publicados) e dos outros até 1917, totalizando 3.653 sermões publicados divididos em 63 volumes ( maior que a Enciclopédia Britânica e até hoje considerada a maior quantidade de textos escritos por um único cristão em toda a história da cristianismo).

O sermão nº 537 “A Regeneração Batismal” pregado em 1864, foi o que mais vendeu individualmente quando Spurgeon era vivo; a demanda chegou a 300.000 impressões em uma semana. Em 1892, os sermões de Spurgeon já eram traduzidos para cerca de 9 línguas diferentes.
Sussana Spurgeon
Muitos sermões de Spurgeon eram enviados via telegrafo aos Estados Unidos e republicados lá: depois de 1865, muitos deles foram censurados, pelo fato de Spurgeon ser totalmente contra a escravidão dos negros africanos (Nessa época, ocorreu a Guerra de Sesseção).
Também escreveu e editou 135 livros durante 27 anos (1857-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos. (O seu “Tesouro de Davi”, uma compilação de comentários sobre os Salmos, levou mais de 20 anos para sua conclusão).

Colégio do Pastor e obra evangelista
Spurgeon, desde o início de seu pastoreado, começou a treinar alguns jovens que ele cria terem o chamado para obra evangelística e pastoreado.

Seu primeiro aluno foi Thomas Medhurst, em 1856. Com o tempo, muitos jovens começaram a requerer de Spurgeon instrução, e ele, junto com o congregacionalista George Rogers abriram, em 1856 o “Colégio do Pastor”, e Rogers foi colocado como diretor. Nos primeiros anos, o Colégio funcionou na casa de Rogers, e Spurgeon bancava com as despesas dos alunos, com o lucro da venda de seus livros e sermões. Depois de certo tempo e o aumento dos alunos, as aulas eram dadas na antiga e desocupada Capela de New Park Street, e posteriormente, na parte inferior do Tabernáculo Metropolitano. Várias Conferências foram realizadas nesse colégio. Depois da morte de Spurgeon, em sua homenagem, o Colégio foi renomeado de Spurgeon College (ou, Universidade Spurgeon), e existe até hoje sendo uma instituição de preparação de pastores ao ministério.
Em conexão com esse trabalho, surgiu uma associação de colportores, responsáveis pela evangelização e distribuição de material evangelizador e teológico. Mais tarde, a esposa de Spurgeon, Sussana, abriu um fundo de para distribuição de literatura para pastores, e um fundo de ajuda aos pastores pobres

Obras assistenciais
Quando Spurgeon chegou Londres, a Capela de New Park Street mantinha uma casa, desde a época do pastoreado de John Rippon, no século XVIII, destinada ao cuidado das viúvas pobres e necessitavas. Nessa localidade, elas viviam gratuitamente. Depois de 1861, foi construído um novo prédio, e instalado perto do Tabernáculo Metropolitano.
Orfanato Stockwell
O Orfanato Stockwell para meninos nasceu em 1866, de uma reunião de oração, quando Spurgeon sentiu o desejo de fazer mais da Obra do Senhor aos necessitados. Uma volumosa oferta lhe chegou em mãos, e Spurgeon a recusou, até mesmo sugerindo que se doasse o dinheiro para o famoso irmão George Muller, conhecido por manter uma grande obra social em Bristol.

Porem, a ofertante insistiu que Spurgeon tocasse esse projeto. Assim, teve para si que era reposta a oração feita anteriormente, e abriu o orfanato, em Stockwell. em 1876, foi aberto outro orfanato, esse para meninas.

Também depois de 1861, e com o grande aumento do Tabernáculo, foi aberto um fundo de ajuda aos necessitados da igreja. Outros grupos de senhoras tinham uma associação de benfeitoras, e uma sociedade para ajudar moças pobres grávidas foi inaugurada. Diversas outras obras de cunho assistencial foram abertas com o fim de ajudar os necessitados de Londres.

Luta e oposição
Spurgeon enfrentou muita oposição no fim de seu ministério; pelos idos de 1887-1888, ele foi envolvido na que se chamou “A controvérsia do declínio”, quando Spurgeon criticou duramente muitos membros da União das Igrejas Batistas da Inglaterra (do qual ele era afiliado)que estavam afrouxando a sua pregação diante do liberalismo teológico e da Alta crítica (movimento que invocava a ideia de ser uma acurada investigação da historicidade da Bíblia, mas que na prática negava a Inafabilidade e a Inerrância da Palavra de Deus).

Spurgeon foi duramente criticado e taxado de antiquado. Muitos deixaram de contribuir com as obras sociais e missionários do Tabernáculo metropolitano. É certo para muitos que essa controvérsias, que foi travada em sermões, reuniões e editoriais, desgastou ainda mais a debilitada saúde de Spurgeon, que por fim se desligou (ele e o Tabernáculo) da União Batista em 1887. Posteriormente, a congregação batista voltou a se associar a União, mas desde que Peter Master assumiu o pastoreado do Tabernáculo Metropolitano, em 1970, ela rompeu novamente com a União Batista.

Últimos dias
Spurgeon em 1890
Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, Spurgeon teve sua saúde grandemente debilitada. Spurgeon desenvolveu, por volta dos 25 anos, Gota e Reumatismo, e grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000, e devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, levou a morte de 6 pessoas. Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Pelo que registrado em suas Biografias, ele teve uma melhora da Gota, mas mesmo dessa forma, nunca esteve em pleno vigor novamente.

Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Charles teve que se ausentar de seu púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes , sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, Sul da França, pelo clima mais quente que na Inglaterra, e também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro.

Nessa época, foi diagnosticado de doença de Bright, uma doença degenerativa e crônica, sem cura. Muitos sermões seus eram lidos, e outros escritos e enviados ao Tabernáculo para leitura, para suprir a falta do pastor. Em 1891, sua condição se agravou mais, forçando Spurgeon a convidar o pastor presbiteriano Arthur Pierson dos Estados Unidos para assumir temporariamente a função principal no Tabernáculo; e Spurgeon ficou em Menton até 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora de seu estado, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos.

O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para Inglaterra. Na ocasião de seu funeral, 11 de fevereiro de 1892, muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres, e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22: "Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra."

Com o amigo Rafa, (futuro pastor... rsrsrs),  em frente ao túmulo de Spurgeon, emoção indescrítivel!





Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com um placa que diz Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento do seu Senhor e Salvador JESUS CRISTO.

Fonte: Enciclopédia Wikipédia