terça-feira, 30 de agosto de 2011

O perigo da obediência parcial

I Samuel 15.1-13,
O que na vida faz você ir onde você não gostaria? Você já fez alguma coisa que nunca imaginou que faria? Talvez aquela mentira dita, algo que você tomou que não era seu. Uma promessa que você não cumpriu e você acabou chegando onde não gostaria de chegar. Foi exatamente isso que aconteceu com Saul.
Deus enviou Samuel para ungir Saul. Em algum momento das nossas vidas um homem de Deus nos ungiu para o chamado e ministério que Deu tem para as nossas vidas. Samuel e Saul já tinham um relacionamento antigo. E houve uma situação em que Deus disse: Basta.
Era a situação dos amalequitas, que vinham contra o povo de Deus. O Senhor ungiu Saul para uma missão especifica. No seu ministério, Deus o ungiu para uma missão especifica.
Geralmente Deus usa outro homem para nos comissionar para o nosso ministério e Deus faz isso porque vê em nós os dons para cumprir o que Ele quer que façamos. O Senhor acreditou que Saul poderia vencer aquela batalha. O povo amalequita era em número de três milhões de pessoas e Deus queria que Saul apagasse o inimigo por completo. Deus nos ungiu, nos capacitou para apagar o inimigo e não devemos conviver com o inimigo.
Deus nos unge e nos capacita para fazer o que Ele nos chamou. Saul agiu e tinha a intenção de obedecer. Ele mobilizou o exército para uma batalha que não era fácil, Saul teve que elaborar uma estratégia.

Um ministério também precisa de estratégias. Um ministério não acontece da noite para o dia. E Saul foi disseminando o inimigo como Deus mandara. Quando terminaram, Saul poupou uma pessoa. Um de três milhões.  A Palavra de Deus é um prumo, ela é reta.

Um de três milhões é um ajuste muito sútil que pode parecer obediência, mas que saiu um pouquinho fora. Foi uma viradinha do que Deus mandou. Assim também é conosco, se Ele nos manda fazer algo, devemos fazê-lo por completo, do contrário, se cedermos apenas um pouquinho, o estrago poderá ser grande.

Se não fizermos exatamente como o Senhor mandou, no começo talvez ninguém perceba, mas com o curso do tempo, pode ser na igreja, no relacionamento familiar, a trajetória será desvirtuada do que Deus planejou.

Deus nos ama tanto, que quando nos dividimos na verdade, podemos prosseguir no erro por um tempo, mas Deus deixará que sejamos pegos.

Samuel foi o homem que acreditou e ungiu Saul. E o Senhor o acordou e falou a ele a respeito do erro de Saul. Samuel se levantou e foi procurar Saul. Saul correu para encontrar seu amigo, e contar a aparente ‘Boa Nova’. “A igreja está crescendo, tudo está indo muito bem, todos sabem que eu cumpri a ordem do Senhor...” Na perspectiva de Saul o sucesso era dele. O que fez Saul chegar onde ele mesmo não queria?

- Racionalização

A Racionalização significa pensar. Quando Deus nos chama para algo, nossa intenção primordial é obedecer. Na pressa do momento, Saul racionalizou e não matou o rei. Não sei qual foi a razão que ele encontrou para isso, mas quando assim fazemos saímos fora da vontade de Deus.Começamos bem em muitas coisas, mas por meio da racionalização, deixamos de fazer da maneira de Deus.

- Justificativas
Samuel questionou a Saul por não ter obedecido a Deus e perguntou: “Que barulho é esse das vacas e dos bois?” Quando não fazemos as coisas da forma como o Senhor deseja que façamos, usamos justificativas para o erro e muitas vezes ajustamos o que Deus nos fala com o nosso erro.  

- Espiritualização
Por que Saul teria que matar o melhor do gado? Assim que a batalha foi ganha ele precisaria de alguns animais para adorar a Deus pela vitória da batalha. Não parece ser um bom negócio, ou bom uso do dinheiro fazer da forma como o Senhor mandou, sendo assim, Saul resolveu fazer as coisas ao seu modo. Por uma razão espiritual ele desobedeceu a Deus.

Deus sempre trará uma oportunidade de prestação de contas. Ele não nos deixará muito tempo sem sermos pegos na corrupção, no erro.  Alguém descobrirá que estamos no erro e o Senhor usará essa pessoa para nos pedir contas.
Para que unção de Deus permaneça na nossa vida, precisamos nos render e prestar contas.
Quando somos pastores prestamos contas a nós mesmos, mas Deus nos ama tanto que revelará as nossas corrupções.

Saul no momento da prestação de contas teve a oportunidade de se arrepender, mas ele não se arrependeu, ele se justificou, ficou na defensiva.  Não fique  na defensiva quando Deus confrontá-lo, reconheça seu erro e procure mudar de atitude. Saul teve a oportunidade de pedir perdão e se ele tivesse feito isso a unção do Senhor continuaria sobre a vida dele.

Deus nos chama a obediência total. I Sm 15.22. O que era o sacrificar aqui? Demonstração de arrependimento.  “Não importa quantos animais você sacrifique. Obediência é que desejo.”

A rebelião é como o pecado de feitiçaria. Samuel identificou o problema de Saul. A rebelião, muitas vezes pensamos,  que é como resistir abertamente.  Mas esse não era o coração de Saul.  O problema dele foi que pouco a pouco deixou de acreditar que Deus estava no controle da situação.

A definição de rebelião significa mudar, resistir às regras. Líderes vocês mesmos criam regras, vocês têm padrões para outros líderes seguirem, vocês têm regras. Se alguém debaixo de sua liderança não seguir as regras que você estabeleceu, você os mantém na posição de liderança? Não. Deus também não.

A rebelião é como feitiçaria e a insubordinação como idolatria. Pessoas que adoram ídolos se prostram, cantam, trazem ofertas para o ídolo, mas o ídolo não pode respondê-los. O que Deus diz a Saul é que Ele resistia a autoridade.

Quando se estuda a feitiçaria percebe-se que existem os mesmos elementos na bruxaria identificados na Palavra de Deus como os dons do espírito. Os dons de Deus para a igreja, o inimigo os imita.
Exemplo: Definições da bruxaria: percepção fora do comum – imitando o dom de discernimento. Deus pode nos dar uma percepção fora do comum e chamamos isso de discernimento de espírito.
Você pode ter um ministério grande, crescendo e ainda assim ser um rebelde. Você pode crescer no ministério e corromper sua moral. Você pode corromper-se na sua família e ainda ter um grande ministério. O resultado será que seu ministério não frutificará e a vida das pessoas não será transformada e  eventualmente Deus dirá: “Arrependo-me de tê-lo (a) ungido”.
Não queremos terminar onde nunca queríamos chegar. O mais importante não é como começamos, mas como terminaremos.
Convido você a abraçar a disciplina para que a unção do Senhor não se retire de você.

Pra. Devi Titus
No CPEMG (Conselho de Pastores do Estado de Minas Gerais)
Edição: Renata G. Santana

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