domingo, 28 de julho de 2013

O canto do amor

Os apaixonados se casam. Na tela da vida explodem corações. Alegrias, lágrimas, esperanças, trabalho e sonhos norteiam o caminho pontilhados de estrelas. O amor, comovente envolve a rotina num canto silencioso; lábios se tocam, sussurros ao pé do ouvido dizem o quanto a vida é linda; Deus ajunta os diferentes para se completarem e se tronarem um só.

Todavia, o encanto, com as dificuldades normais de uma vida a dois, vai se apagando. O que era lindo fica feio, doentio, e sufocante.

O que Deus ajuntou a falta de diálogo e gentilezas desuniu no dia a dia de uma corrida desenfreada por ter; um crescente descontentamento cria desencontros familiares levados ao extremo.

Que pena! Os que os tornava felizes e os levaria a grandeza era a união e harmonia que tinham e agora perderam. É o constante aprimoramento da delicadeza, perdão e entendimento que leva a paz. Ninguém pode ter uma família saudável construindo uma história repleta de mágoas, desavenças, e cobranças.

Mais do que trabalhar duro e pagar contas, é preciso proteger o amor e plantar generosidade; é tecendo a vida pouco a pouco, juntando os retalhos com pequenos fios de bondade, respeito e consideração, que a família vai se colorindo, para se tornar uma linda colcha que nos aquece e enfeita as noites frias.

Ao abandonar o carinho, a canção original, cheia de gozo, apoteótica, se desfaz em um lamento; não mais embalada ou faz o coração dançar. 

Mesmo que a vida, como a colcha que me referi acima, seja ferida pelo furar da agulha que costura a vida a dois, é preciso entender que objetivo da agulha. Ela não tem o desejo de machucar, não costura para matar. Costura para unir pedaços que não fazem sentido, que unidos, se tornam uma obra prima, pura arte, o trabalho do maior de todos os artesãos - Deus.

Por favor, lhe rogo, pelas misericórdias de Deus, não deixe que se rompam todos os diques. Pare de sempre querer fazer um acerto de contas. Acenda pequenas luzes de compreensão, respeito, coração aberto, quando aparecerem as trevas do desentendimento. 

Faça as coisas do jeito de Deus e não do seu jeito. Então, virá a união e o fim do distanciamento para trazer um tempo novo.

Para ser feliz é preciso cantar junto a canção da renuncia e beleza. E seus filhos cantaram com vocês - é a vida, é o amor, é o céu. 


Ao ceder descobrimos que a felicidade mora com aqueles que perdoam, nunca com os orgulhosos ou irredutíveis.

Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu próximo, é mentiroso;  pois aquele que não ama a seu próximo, a quem vê,  não pode amar a Deus, a quem não vê.
1 João 4.20

Pr. Silmar Coelho
Casado com Janice Coelho, é pai de Tiago, Filipe, Lucas e Cristine. Doutor em liderança pela Universidade Oral Roberts, Tulsa/ USA. Escreveu vários Best-Sellers.  É escritor premiado, músico, compositor e pastor há mais de 39 anos. 

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Twitter: @silmarcoelho 
Facebook: pastorsilmar

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