sexta-feira, 11 de maio de 2012

Especial Dia das Mães: Um dia com mamãe!


Apesar de casado a 36 anos de casado, pelo menos uma vez por mês, visito outra mulher e almoço com ela.

Embora Janice tenha absoluta certeza do meu amor, ela também sabe que essa outra mulher me ama a bem mais tempo e precisa que eu passe algum tempo com ela de vez em quando.

A outra mulher, da qual minha esposa não se importa que eu visite é minha mãe.

Viúva a trinta e quatro anos, ela criou os seis filhos, dos quais cinco são pastores. Mesmo ocupado e viajando constantemente, sempre encontro tempo para telefonar para ela e passar algum tempo ouvindo suas histórias e dando-lhe um pouco de atenção.

Todas as vezes que telefono para ela, ela faz questão de agradecer-me, como se eu estivesse fazendo-lhe um grande favor.

Por mais que eu queira levar mamãe para almoçar fora, ela faz questão de preparar o meu prato favorito e nunca se esquece de fazer algumas mal-assadas, uma espécie de panqueca grossa, que eu gosto de comer com café.

Tento desfrutar da companhia de mamãe o mais que eu posso. Às vezes, depois de uma viagem, mesmo cansado e ansioso para chegar em casa, encontro Janice no aeroporto e subimos, direto, a serra de Petrópolis para visitar mamãe por algumas horas.

Quando ela se dispõe a sair comigo ou quando a levo à igreja, ela aparece vestida com uma roupa que é minha velha conhecida. Nunca sei o que ela faz com os vestidos que lhe dou de presente. Seus cabelos, bem penteados e ainda pretos, são espessos. Seu inconfundível perfume de Leite de Rosas enche o ambiente. Dou-lhe meu braço para que ela se apóie e com dificuldade ela entra no carro exalando felicidade.

Alguns dias atrás, eu a acompanhei em uma visita a alguns familiares e ao enterro de tia Marieta. Notei que seus olhos miúdos dançavam de alegria quando ela via seus amigos e parentes surpresos pela minha presença. Com orgulho e radiante, ela me exibia como alguém que recebe um troféu depois de vencer uma corrida.

Depois a levei a um restaurante não muito elegante, mas simpático e rústico em Itaipava. Mamãe entrou no restaurante apoiando-se no meu braço, como se fosse a Primeira Dama de um país imaginário do qual ela é rainha.

Depois de sentar-se, ela examinou o restaurante, comentando sobre a decoração e as velas que estavam encima da mesa. Li o cardápio para ela, já sabendo que ela escolheria filé e fritas. Enquanto esperávamos pela comida, ela segurou minha mão e acariciou-me com ternura, colocando seus olhos miúdos nos meus como um beijo.


Pr. Silmar CoelhoCasado com Janice Coelho, é pai de Tiago, Filipe, Lucas e Cristine. Doutor em liderança pela Universidade Oral Roberts, Tulsa/ USA. Escreveu vários Best-Sellers. É escritor premiado, músico, compositor e pastor há mais de 39 anos. 

www.silmarcoelho.com.br
Twitter: @silmarcoelho
Facebook: pastorsilmar

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