domingo, 4 de novembro de 2012

O mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus


"E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.
Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.
"
Mateus 9:35-38


Conversando com um líder de jovens na minha igreja a semana que passou, lendo esse texto, disse a eles que fui muito mais abençoado conversando com eles sobre essas coisas do que talvez eles tenham sido.

O Sermão do Monte inicia falando dos feitos de Jesus, Ele fazia obras maravilhosas, feitos sobrenaturais, mas nesse momento Ele queria ensinar algo ao seus discípulos,  um sentimento nobre que precisa estar dentro de cada um de nós. Ele olhava para a multidão e se compadecia dela, mas, por que Jesus se compadecia de alguém, se Ele tinha todo o poder para resolver os problemas? Se ele olhava para alguém enfermo, Ele era a própria cura. Se alguém não tivesse dinheiro para pagar impostos, Ele proveria o dinheiro. Se alguém estivesse com fome, Ele tinha poder para multiplicar pães e peixes.

Por que Ele se compadeceria de alguém se Ele podia fazer qualquer coisa? Se você pudesse fazer qualquer coisa, se compadeceria de alguém? A Bíblia diz que a multidão estava aflita, exausta, como ovelha que não tem pastor.

Jesus precisava de pessoas que tivessem dentro de si a mesma compaixão que Ele sentia pela multidão.
O que preocupava Jesus não era o que Ele poderia fazer pelas pessoas, mas o que nós, os seus discípulos, poderíamos fazer por elas. O povo estava sofrendo, debaixo de uma religião, onde o sacrifício pelos pecados era duro. O peso da lei era alto.

Aprendi que Deus pode fazer qualquer coisa, nós não, mas Ele quer que sintamos o que Ele sente. Ref: FP 2.5. Sinta o que Jesus sente! Mais importante que fazer o que Jesus faz é sentir o que Ele sente.

Deus quer que você sinta, não apenas que você tenha. O povo necessitava não apenas de alguém que fazia milagres, mas de alguém que compreendesse a sua aflição.

Jesus não precisava de mais pessoas com poder e unção, mas de pessoas com amor e compaixão.
A vida passa e nos preocupamos muito mais com as coisas do que com as pessoas. Achamos que o evangelho é para dar coisas as pessoas, mas Jesus está preocupado é com o que as pessoas estão sentindo. Ele precisa que mais pessoas sintam como Ele, porque Ele está precisando de mais pessoas que sintam compaixão.

Vivenciamos um dos maiores escândalos do país, envolvendo o próprio presidente e as pessoas tratam o caso como um caso de novela. Temos que nos preocupar com o que as pessoas estão sentindo! 

O texto do filho pródigo relata como aquele filho gastou dissolutamente a herança dada pelo pai até que foi cuidar dos porcos e imediatamente desejou voltar para a casa do pai, onde quem sabe viveria melhor que cuidando de porcos. Sabe por que ele quis voltar e se arrepender? Porque nos arrependemos quando perdemos as coisas, não quando vemos que estamos errados. Nos preocupamos com as coisas e com as aparências. 

Aquele pai entendeu que as pessoas são mais importantes que as coisas por isso o recebeu de volta. Se aquele rapaz voltou para ter de volta as coisas não adiantou de nada seu sofrimento, mas, se ele voltou para ter de volta a comunhão com o pai, valeu a pena! 

Se você está mais preocupado com o que Deus pode te dar do que pelo que Ele é, você está contramão, porque Ele está mais preocupado com quem você é!

O seu filho precisa de um pai, não de um fornecedor de Joy Stick. Muitos podem fazer coisas, comprar coisas, mas  a igreja precisa sentir. Precisamos ser como Oásis no Deserto, nos compadecendo com a aflição e o cansaço de ovelhas que não tem pastor.

Não podemos ver Jesus como um fornecedor de bens! O bom pastor nos abençoa com as coisas que precisamos, quando o que precisamos é realmente a razão da nossa aflição, porque muitas vezes a nossa aflição não carece das coisas, mas do pastoreio do pastor.

Tenho vivido dias em que tenho me debatido nisso. Preocupe-se com as pessoas, esteja ao lado delas, pode ser que um irmão ao seu lado um dia precise de algo, seja a pessoa que estará ao lado dele, para que ele não seja como uma ovelha sem pastor. Enquanto estiver em mim levarei o evangelho da salvação, como Paulo, sou devedor.  Que sejamos a igreja que sente como Deus sente! 


Zé Bruno (Resgate)
Edição: Renata G. Santana

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